Morar em outro país foi uma experiência enriquecedora, que me ofereceu a oportunidade de enfrentar desafios que eu jamais havia imaginado. É o tipo de vivência que irá ensiná-lo(a) a ser mais flexível, resolver problemas rapidamente, se ajustar a ambientes em constante mudança e a se acostumar ao “fator surpresa”. Todos os dias trazem consigo algo capaz de modificar a sua percepção sobre a forma como você vivia até então.

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Atualizado em 19.06.2020

5 dicas para quem quer morar nos EUA ou na Europa

Aqui, compartilho com você minhas 5 dicas para quem quer morar nos EUA ou na Europa.  Acredito que elas possam ajudá-lo(a) a manter suas expectativas equilibradas em relação a essa nova etapa que você quer viver. Aí vão:

1. Haverá dias maravilhosos. Outros, nem tanto

É muito fácil que todos imaginem, incluindo sua família, amigos e você mesmo, que a vida no exterior é emocionante, sofisticada, cheia de experiências novas e felicidade ininterrupta… Não posso negar que ir morar em outro país seja, até certo ponto, um misto disso tudo. No meu caso, até mais do que eu esperava. Apesar disso, é importante que você tenha em mente que alguns dias não serão tão maravilhosos.

Viver em outro país implica sacrifícios. Muitas vezes, exige que você se esforce ao máximo, acostume-se a manter-se muito tempo fora de sua zona de conforto e aprenda a conviver com a saudade da sua família e amigos. Pelo que aprendi, o melhor jeito para lidar com situações difíceis como estas é manter baixas as suas expectativas. Ou seja, não criar a ilusão de que tudo será fácil e divertido.

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2. As diferenças culturais estarão sempre presentes

Se o destino que você escolheu é uma cidade que visitou durante as férias e pela qual se apaixonou, ou que sempre o(a) atraiu pela cultura ou pelo idioma, já é um bom primeiro passo para fazer da sua uma experiência memorável.  (Neste link, você encontra uma seleção dos melhores destinos para aprender idiomas)

Apesar disso, nada irá prepará-lo(a) para viver em outra cultura. A única forma de adquirir essa experiência é viver imerso(a) nela durante vários meses. Apenas vivendo e interagindo diariamente com pessoas do local você terá uma perspectiva correta sobre a vida no país em que escolheu estar.

Haverá diferenças culturais difíceis de conciliar. A chave é manter sempre a mente aberta, aceitando outros estilos de vida e outros costumes como válidos. É preciso, antes de tudo, ser tolerante e respeitoso(a).

 

3. Você continuará se aperfeiçoando no idioma estrangeiro

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Antes de viajar, dedicar um bom tempo ao aprendizado da língua do país em que você irá morar é mais do que aconselhável. Nesse ponto, ferramentas como os aplicativos MosaLingua (já baixou o seu???) podem ser valiosas, já que permitem que você aprenda, em pouco tempo, as palavras e frases mais úteis para situações cotidianas. Mas, pela minha experiência, viver em outro país nos permite ir ainda mais longe, e aprofundar realmente o aprendizado.

Quando você vive em outro país, acaba sendo obrigado(a) a se aperfeiçoar no idioma local. Caso contrário, isso afetará negativamente seu desempenho no trabalho  ou nos estudos. Então, sentir-se pressionado(a), ainda que não seja uma ideia agradável, irá ajudá-lo(a) a alcançar resultados significativos em um tempo relativamente curto. Além disso, mesmo já no país de sua escolha, não deixe de aproveitar cada oportunidade para se aperfeiçoar no idioma do país em que você está vivendo.

4. Em casa, a vida não para…

Hoje, manter-se próximo(a) de sua família, amigos e colegas é muito fácil. Ferramentas disponíveis online, como Skype, Hangouts, Whatsapp e as mídias sociais permitem que você se comunique constantemente com quem ficou por aqui. Dessa forma, uma vez que você decida voltar, se dará conta de que o tempo investido em se manter em contato com seus entes queridos foi essencial para que esses relacionamentos continuassem evoluindo, apesar da distância. Afinal, ninguém gosta de voltar ao seu próprio país e sentir-se deslocado.

Também recomento que você não perca totalmente o contato com ex-colegas, professores da universidade e possíveis contatos que possem ajudá-lo(a) no processo de reintegração ao trabalho quando você decidir voltar. Manter as portas abertas é sempre uma boa ideia.

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5. Voltar para casa é mais difícil do que ir morar no exterior

Nunca me passou pela cabeça que morar em outro país mudaria para sempre alguma coisa dentro de mim, por mais que isso soe como um dilema existencial (rs…). Na verdade, apenas quando você sai de casa se dá conta de que tem que reavaliar, constantemente, o que é melhor para você, voltar ou ficar morando fora.

Sempre achei que haveria em mim algum tipo de temporizador, que avisaria quando seria a hora certa de voltar pra casa… onde, afinal, estavam minhas raízes. Apesar disso, quando fui morar no Reino Unido, comecei uma vida nova do zero; uma vida que cada vez me parece mais minha, porque foi construída com muito esforço e que, por isso mesmo, não quero que vire fumaça no momento em que eu subir no avião que me levará de volta ao meu país.

Além disso, voltar pra casa após viver bastante tempo fora traz outros desafios, como retomar a carreira, gerenciar as mudanças nos relacionamentos que se tinha e viver o “choque cultural ao contrário”. Mas lembre-se, se você foi capaz de começar uma nova vida em um outro país, longe de todos, poderá enfrentar as dificuldades da volta com muito mais facilidade, tendo o apoio da família e dos amigos na sua terra natal. Então, ânimo! Vale à pena!

O que você achou das minhas 5 dicas para morar nos EUA ou na Europa ? Você tem outras? Compartilhe conosco nos comentários! Ficarei feliz em saber da sua experiência!