Se eu disser Ghibli, você vai me responder “Princesa Mononoke”, “Ponyo: uma Amizade que Veio do Mar” ou ainda “Túmulo dos Vagalumes” ? Se você gosta de animes e de filmes japoneses, com certeza já sabe: estas três obras primas da animação foram todas produzidas pelo Studio Ghibli. E, se você ainda não assistiu a estas pérolas, selecionamos seis longas metragens que você não pode perder.
O que você encontra neste artigo
O que é o Studio Ghibli?
Fundado em 1985 por Hayao Miyazaki e Isao Takahata, o Studio Ghibli é mundialmente reconhecido por seus filmes de animação. A riqueza estética e a originalidade das suas histórias já conquistou um publico fiel nos quatro cantos do mundo.
Os filmes do Studio Ghibli se caracterizam pela busca de explorar a complexidade da alma humana, oferecendo ao público japonês e internacional histórias únicas.
Quais são os filmes do Studio Ghibli que você não pode perder?
Para o nosso deleite, 21 dos longas-metragens produzidos pelo Studio Ghibli estão disponíveis na Netflix Brasil. Os filmes de Miyazaki e Takahata são igualmente maravilhosos, encantadores e profundos. Mas, já que é preciso escolher alguns, confira a seguir a lista dos meus favoritos.
Meu Amigo Totoro (となりのトトロ, Tonari no Totoro)
Lançado em 1988, o filme conta a história de duas irmãs, Satsuki e Mei, que se mudam com seu pai para uma casa de campo. Seu objetivo era estarem mais perto do hospital em que sua mãe está internada. Logo, elas descobrem criaturas mágicas, que a Mei batiza com o nome de “totoro”, que deriva da pronúncia errada da palavra inglesa “Troll”.
A história de Mei e Satsuki nos convida a um mergulho na sua infância. Por meio dos olhos maravilhados das duas meninas, nós descobrimos o ambiente em que elas passam a viver. Uma região repleta de criaturas mágicas, árvores milenares e florestas exuberantes.
A viagem de Chihiro (千と千尋の神隠し, Sen to Chihiro no kamikakushi)
A Viagem de Chihiro, lançado em 2001, é sem dúvida o mais espetacular dos longas-metragens de Miyazaki. Como acontece com frequência, a heroína é uma menininha. Esta, tem 10 anos de idade. A história começa quando a família de Chihiro está tentando chegar em sua nova casa, mas erra o caminho e acaba chegando em um parque de diversões mal-assombrado.
A aventura de Chihiro começa quando ela descobre que seus pais se transformaram em porcos. Decidida a fazer com que eles voltem ao normal, ela dá início a uma viagem mágica a um mundo povoado por criaturas sobrenaturais, os yōkai.
A viagem de Chihiro acontece, literalmente, em meio a um conto do folclore japonês. Cercada por criaturas fantasmagóricas e assustadoras, Chihiro passa por desafios que trazem à tona sua força e sua coragem.
Princesa Mononoké (もののけ姫, Mononoke Hime)
A Princesa Mononoké é uma obra-prima. Foi, provavelmente, o filme responsável por tornar Miyazaki conhecido no mundo todo quando foi lançado, em 1997. Este filme nos faz mergulhar em um afresco (com duas horas de duração) do Japão medieval do Período Muromachi. Com uma cenografia espetacular, o filme explora de forma cativante a complexidade da relação entre o ser humano e a natureza.
A história gira em torno de Ashitaka. Este jovem príncipe faz cair sobre si uma maldição depois de se envolver em uma luta entre os deuses de uma floresta e os seres humanos que consomem seus recursos. Entra em cena San, a Princesa Mononoké, uma jovem que foi criada por lobos e que está determinada a defender a natureza.
Túmulo dos Vagalumes (火垂るの墓, Hotaru no haka)
Lançado no Japão 1988, o filme é baseado em um romance do mesmo nome, escrito por Akiyuki Nosaka. A história acontece durante a Segunda Guerra mundial no Japão, e acompanha dois irmãos: Seita e Setsuko. Com 14 e 4 anos de idade, respectivamente, o menino e sua irmã são abandonados à própria sorte após a morte de sua mãe. O Túmulo dos Vagalumes acompanha suas andanças por um Japão arrasado pela guerra.
Todas as pessoas que eu conheço que viram este filme concordam em um ponto. É um filme que reflete muita desesperança e muita tristeza. Quem assistiu ao film uma vez dificilmente assistirá uma segunda… É, no entanto, um dos filmes de animação mais grandiosos já produzidos.
Apesar de um realismo cruel, o filme traz também momentos de muita beleza e ternura. Um dos meus favoritos é aquele em que as crianças admiram, maravilhadas, a noite iluminada pelos vagalumes, em uma metáfora à fugacidade da própria vida.
Pom Poko: a Grande Batalha dos Guaxinins (平成狸合戦ぽんぽこ, Heisei tanuki gassen ponpoko)
O filme Pom Poko foi lançado no Japão em 1994, mas levou alguns anos para alcançar também os cinemas de outros países. O tom é bastante diferente daquele que marca o Túmulo dos Vagalumes. No entanto, apesar dos personagens principais (os tanukis) também serem jovens, Pom Poko não trata de um filme menos sério. Ele fala da urbanização acelerada, e do impacto desse fenômeno sobre a natureza e sobre os seres.
Mas antes de tudo, quem são os tanukis? Os tanukis são uma espécie de animal que só existe na Ásia, e que lembra os guaxinins. Da mesma forma que as raposas, estes animaizinhos são considerados divindades às quais os japoneses atribuem poderes mágicos. Especialistas no disfarce, eles têm a fama de serem capazes de mudar de forma sempre que quiserem.
No filme “Pom Poko”, observando a redução da área da floresta que habitam, dois clãs de tanukis decidem deixara de lado suas diferenças para lutarem juntos contra um inimigo em comum: o homem e a expansão do seu território.
Na sua expansão territorial desenfreada, a cidade de Tokio destrói as florestas que encontra pelo caminho e coloca em perigo seus habitantes. A história coloca em foco um aspecto marcante da tradição japonesa: a busca por viver em harmonia com a natureza.
O filme adota um tom que oscila entre o humor e a melancolia. Decididos a enfrentar os humanos, os tanukis organizam uma imensa marca de fantasmas, deuses e demônios. Ao mesmo tempo curiosa, surpreendente e melancólica, esta obra encantadora é considerada um grande clássico da animação.
O Conto da Princesa Kaguya (かぐや姫の物語, Kaguya-hime no monogatari)
O Conta da Princesa Kaguya é baseado em um conto popular japonês do século X: “O Conto do Cortador de Bambu”. Todos os japoneses conhecem desde pequenos a história desta princesa, que foi encontrada ainda bebê por um cortador de bambu, dentro de um tronco que este estava prestes a cortar.
Do ponto de vista visual, O Conto da Princesa Kaguya se destaca pelos traços sutis que lembram as técnicas da aquarela japonesa e do ukiyo-e, um gênero de pintura e xilogravura japonesa popular entre os séculos XVII e XIX.
As linhas do desenho não estão confinadas. Elas se mexem, dançam ou explodem, acompanhando as emoções da princesa Kaguya. O filme foi elogiado pela crítica e indicado ao Oscar de melhor filme de animação em 2015. A criação deste filme foi objeto de um documentário chamado “Isao Takahata and His Tale of the Princess Kaguya”.
Espero que você tenha gostado desta lista com os meus favoritos entre os filmes do Studio Ghibli. Não deixe de compartilhar sua própria lista aqui embaixo, na área de comentários!
Para ir mais longe, confira também
- Como aprender japonês: 5 dicas que fazem a diferença
- 10 frases básicas em japonês para o dia a dia
- “Oi” em japonês: 8 formas de cumprimentar no Japão
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